Aquilo que ontem cantava
já não canta
Morreu de uma flor na boa:
não no espinho na garganta.
Ele amava a água sem sede,
e, em verdade,
tendo asas, fitava o tempo,
livre de necessidade.
Não foi desejo de imprudência:
não foi nada
e o dia toca em silêncio
a desventura causada.
Se acaso isso é desventura
ir-e a vida
sobre uma rosa tão bela,
por uma tênue ferida.
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