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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Concordância é o modo pelo qual as palavras alteram suas terminações para se acomodarem a outras palavras.
A concordância verbal trata das alterações do verbo, para se acomodar ao seu sujeito.

Como regra geral o verbo concorda com o seu sujeito em pessoa e número:
Ex: As crianças comeram muito chocolate.
sujeito: 3ª pessoa
verbo: 3ª pessoado plural do plural
Certas situações de concordância verbal provocam dúvidas. Vejamos as principais:

# Sujeito composto:
- Anteposto: nesse caso o verbo vai para o plural.
Ex: A falta de dinheiro e a greve dos bancos confirmaram o caos.

- Posposto: o verbo fica no plural ou concorda com o elemento que estiver mais próximo.
Ex: Passarão o céu e a terra.
verbo: plural
sujeito composto
Passará o céu e a terra.
verbo: singular
sujeito composto concordando com céu

- Elementos identificados semanticamente: quando os núcleos do sujeito são palavras que pertencem ao mesmo grupo significativo o verbo fica no singular.
Ex: Alegria e felicidade nos acompanha constantemente.
núcleos sinônimos = verbo singular

- Com elementos ligados por ou:
• Se a conjunção cria relação de exclusividade, o verbo fica no singular.
Ex: José ou João será eleito presidente.

• Se a conjunção não cria relação de exclusividade, o verbo vai para o plural.
Ex: Correr ou nadar exigem bom preparo físico.

- Com elementos em gradação, o verbo concorda com o elemento mais próximo:
Ex: O vento, a chuva, o frio não os inquietava.
núcleos organizados em gradação verbo no singular.

- Com as expressões um e outro / nem um nem outro, o verbo pode ficar no singular ou plural.
Ex: Nem um nem outro dormiu.                             Nem um nem outro dormiram.

# Verbo com o pronome apassivador se.
O verbo acompanhado pelo pronome apassivador se, concorda normalmente com o sujeito.
Ex: Vendem-se tapiocas fresquinhas.                     Vende-se uma casa na praia.

# Verbo com índice de indeterminação do sujeito.
Quando o verbo é acompanhado pelo índice de indeterminação do sujeito esse fica na 3ª pessoa do singular.
Ex: Assistiu-se à demonstração de dança.


# Pronome de tratamento
Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo vai sempre para a 3ª pessoa (singular ou plural).
Ex: Vossa Alteza atendeu ao nosso pedido.             Vossas Altezas atenderam ao nosso pedido.

# Coletivo
O verbo fica no singular quando o sujeito é um coletivo no singular.
Ex: O bando visitava a cidade deserta.

# Porcentagem
- O verbo concorda com o sujeito quando esse é um número expresso em porcentagem, sem especificação.
Ex: Um por cento não compareceu à aula.             Noventa por cento não compareceram à aula.

- Quando o sujeito vem especificado o verbo concorda com esse:
Ex: Dois por cento dos alunos não compareceram à aula.
Dez por cento do alunado está em dia com as mensalidades.

Há situações em que o número percentual é considerado:
a) O partitivo se apresenta antes da porcentagem.
Ex: Dos alunos, dez por cento estão em dia com as mensalidades.

b) Quando o verbo se apresenta antes da porcentagem.
Ex: Não compareceu um por cento dos alunos.

c) Quando a porcentagem vem determinada:
Ex: Aqueles vinte por cento do Senado não votaram.

# Nomes usados só no plural
Quando o sujeito é constituído por nomes próprios que só têm plural, o verbo fica no plural se esse nome vier precedido de artigo plural, caso contrário, fica no singular.
Ex: Campinas fica no Estado de São Paulo.                    Os Estados Unidos lideram o movimento.

Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/concordancia-verbal.htm

sábado, 28 de novembro de 2009

A importância da Pontuação

(Hélio Consolaro* )
           Recebi de um leitor (login: rondon.jr) um texto bastante conhecido, antigo, como exemplo de como a pontuação faz a diferença. A reprodução abaixo não é falta de assunto, mas uma forma de compartilhar com os leitores mais jovens as coisas antigas e boas que estão na internet.
           Um homem rico estava muito doente, pediu papel e caneta, e assim escreveu:
 "Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres".
Morreu antes de fazer a pontuação. Para quem ele deixava a fortuna?
Eram quatro concorrentes. O sobrinho fez a seguinte pontuação:
"Deixo meus bens à minha irmã? Não, a meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres"
A irmã chegou em seguida e pontuou assim, o escrito:
"Deixo meus bens à minha irmã, não a meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres."
O alfaiate pediu cópia do original e puxou a brasa pra sardinha dele:
"Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho jamais! Será paga a conta do alfaiate.
Nada aos pobres."
Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
"Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres." 

MORAL DA HISTÓRIA
Pior de tudo é saber que ainda tem gente que acha que uma vírgula não faz a menor diferença!
*Hélio Consolaro é professor de Português, cronista diário da Folha da Região, Araçatuba-SP, presidente da Academia Araçatubense de Letras, coordenador do site Por Trás das Letras.

www.portrasdasletras.com.br

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Os 10 erros mais cometidos em redação

Há alguns equívocos muito comuns em redações e, por este motivo, estão no patamar dos mais cometidos. Mas isso ocorre apenas por falta de conhecimento, portanto, uma vez informados, os estudantes não voltam a cometê-los.


Vejamos, então, os 10 erros mais cometidos em redação: (não estão por ordem de importância)

1. “Fazem dez anos que não vemos tantas mudanças”. O verbo “fazer” no sentido temporal, de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos é impessoal, ou seja, fica no singular: Faz dez anos... Faz muito frio...

2. “Houveram muitas passeatas nesta semana em prol da igualdade racial.” O verbo haver acompanha o mesmo raciocínio do verbo “fazer”, citado acima. No sentido de existir ou na ideia de tempo decorrido, o verbo haver é impessoal: Houve muitas passeatas... Há tempos não o vejo... Havia algumas cadeiras disponíveis.

3. “Para mim escolher, preciso de um tempo.” Na dúvida verifique quem é o sujeito do verbo. No caso, o verbo “escolher” não tem sujeito, pois “mim” não pode ser! O certo seria o pronome “eu”: para eu escolher. A expressão “para mim” só funciona quando é objeto direto: Traga essa folha para mim. Dessa forma, sempre diga e escreva: Para eu fazer, para eu levar, para eu falar, pois o verbo precisa de um sujeito!

4. “Esse assunto fica entre eu e você!” Quando a preposição existe, neste caso “entre”, usa-se o pronome oblíquo. O correto é: entre mim e você ou entre mim e ti. Portanto, use pronome oblíquo tônico (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas) após preposição: falava sobre mim, faça por nós, entre mim e você não há problemas, falavam entre si.

5. “Há muito tempo atrás, comprei uma bicicleta.” O verbo “há” tem sentido de tempo passado, logo não há necessidade de adicionar “atrás”. Ou você escolhe um ou outro: Há muito tempo... Tempos atrás... Há dez anos... Dez anos atrás.

6. “Então, pegou ele pela gola.” Quando for necessário que um pronome seja objeto direto (pegou algo: ele), nunca coloque pronome pessoal, opte pelo caso oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes): Pegou-o, avisou-o, apresentei-a, levou-nos, ama-me, leva-nos.

7. Aonde você estava? “Aonde” indica ideia de movimento, enquanto “onde” refere-se somente a lugar. Portanto: Onde você estava? E Aonde nós vamos agora?

8. “A situação vinha de encontro ao que ele desejava.” Se é uma situação que a pessoa desejava, será: ao encontro de, expressão que designa favorecimento, estar de acordo. Já a locução “de encontro a” tem sentido de oposição, de choque: Ele foi de encontro ao poste.

9. “Esse ano vamos fazer diferente.” Se é o ano vigente, então use o pronome “este”, uma vez que indica proximidade: Esta sala de aula, esta semana está sendo ótima, este dia vai ser abençoado, este ano está sendo o melhor de todos, esta noite veremos estrelas.

10. O verbo “adequar” é defectivo, isso quer dizer que não é conjugado de todas as formas. Assim: Isso não se adéqua... Ele não se adéqua... Eu não me adéquo... são orações equivocadas. Outros verbos também passam por este tipo de problema, como: abolir, banir, colorir, demolir, feder, latir. O verbo adequar é correto e usado com mais frequência nos modos infinitivo (adequar) e particípio (adequado).


Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Concordância Nominal

Concordância nominal nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo.

Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.
Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um estudo separado de concordância verbal.

REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo.
- A pequena criança é uma gracinha.
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima.

a) Um adjetivo após vários substantivos

1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.

- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.

- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.

2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.

- Ela tem pai e mãe louros.

- Ela tem pai e mãe loura.

3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural.

- O homem e o menino estavam perdidos.

- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.



b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos

1 - Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo.

Comi delicioso almoço e sobremesa.

Provei deliciosa fruta e suco.

2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural.

Estavam feridos o pai e os filhos.

Estava ferido o pai e os filhos.


c) Um substantivo e mais de um adjetivo

1- antecede todos os adjetivos com um artigo.

Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.

2- coloca o substantivo no plural.

Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.


d) Pronomes de tratamento

1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.

Vossa santidade esteve no Brasil.


e) Anexo, incluso, próprio, obrigado

1 - Concordam com o substantivo a que se referem.

As cartas estão anexas.

A bebida está inclusa.

Precisamos de nomes próprios.

Obrigado, disse o rapaz.



f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)

1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural.

Renato advogou um e outro caso fáceis.

Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.


g) É bom, é necessário, é proibido

1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.

Canja é bom. / A canja é boa.

É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.

É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.


h) Muito, pouco, caro

1- Como adjetivos: seguem a regra geral.

Comi muitas frutas durante a viagem.

Pouco arroz é suficiente para mim.

Comprei caro os sapatos.



2- Como advérbios: são invariáveis.

Comi muito durante a viagem.

Pouco lutei, por isso perdi a batalha.

Os sapatos estavam caros.



i) Mesmo, bastante

1- Como advérbios: invariáveis

Preciso mesmo da sua ajuda.

Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.

2- Como pronomes: seguem a regra geral.

Seus argumentos foram bastantes para me convencer.

Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.



j) Menos, alerta

1- Em todas as ocasiões são invariáveis.

Preciso de menos comida para perder peso.

Estamos alerta para com suas chamadas.



k) Tal Qual

1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o conseqüente.

As garotas são vaidosas tais qual a tia.

Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.



l) Possível

1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.

A mais possível das alternativas é a que você expôs.

Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.

Os piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.



m) Meio

1- Como advérbio: invariável.

Estou meio insegura.

2- Como numeral: segue a regra geral.

Comi meia laranja pela manhã.



n) Só

1- apenas, somente (advérbio): invariável.

Só consegui comprar uma passagem.

2- sozinho (adjetivo): variável.

Estiveram sós durante horas.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Conjunção e Preposição

Conjunção: É a palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:


Coordenativas, aquelas que ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco tipos:

aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda;

adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não obstante, apesar disso;

alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer;

conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso;

explicativas (justificação): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.


Subordinativas - ligam duas orações dependentes, subordinando uma à outra. Apresentam dez tipos:

causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que;

comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que;

condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a menos que;

consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;

conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como;

concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que;

temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que;

finais - a fim de que, para que, que;

proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos);

integrantes - que, se.

As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas, enquanto as demais iniciam orações subordinadas adverbiais. Muitas vezes a função de interligar orações é desempenhada por locuções conjuntivas, advérbios ou pronomes.



Preposição: palavra que liga duas outras estabelecendo entre elas certas relações de sentido e de dependência. Exemplo: Carro de Marcos. / Iremos a Recife.

essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás;

acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem).


Locução prepositiva: expressão formada por mais de uma palavra e que tem função de preposição. Exemplos: abaixo de, junto a.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

SENÃO E SE NÃO

Senão equivale a "caso contrario" ou "a não ser": É bom que ele colabore, senão não haverá como ajudá-lo. / Não fazia coisa alguma senão criticar.


Se não surge em orações condicionais. Equivale a "caso não": Se não houver aula, iremos ao cinema.

CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. GRÁMATICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. São Paulo: Scipione, 2003.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

DEMAIS E DE MAIS

Demais pode ser advérbio de intensidade, com o sentido de "muito"; aparece intensificando verbos, adjetivos ou outros advérbios: Aborreceram-nos demais: isso nos deixou indignados demais.


Estou até bem demais!

Demais também pode ser pronome indefinido, equivalendo a "outros", "restantes": Não coma todo o pudim! Deixe um pouco para os demais.

De mais opõe-se a de menos. Refere-se sempre a um substantivo ou pronome: Não vejo nada de mais em sua atitude! / O concurso foi suspenso porque surgiram candidatos de mais.


CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. GRÁMATICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. São Paulo: Scipione, 2003.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

AFIM E A FIM

Afim é um adjetivo que significa "igual", "semelhante". Relaciona-se com a idéia de afinidade: Tiveram idéias afins durante o trabalho. / São espíritos afins.


A fim surge na locução a fim de, que significa "para" e indica idéia de finalidade: Trouxe algumas flores a fim de nos agradar.

CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. GRÁMATICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. São Paulo: Scipione, 2003.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ACERCA DE E HA CERCA DE ?

Acerca de significa "sobre", "a respeito de": Haverá uma palestra acerca das conseqüências das queimadas.

Há cerca de indica um período aproximado de tempo já transcorrido: Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. GRÁMATICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. São Paulo: Scipione, 2003

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A E HÁ na expressão de tempo

O verbo haver é usado em expressões que indicam tempo já transcorrido: Tais fatos aconteceram há dez anos.


Nesse sentido, é equivalente ao verbo fazer: Tudo aconteceu faz dez anos.

A preposição a surge em expressões em que a substituição pelo verbo fazer é impossível: O lançamento do satélite ocorrerá daqui a duas semanas. / Partiriam dali a duas horas.

CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. GRÁMATICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. São Paulo: Scipione, 2003.

Papo Furado - Análise Gramatical da Entrevista dos Nardoni

Rafinha Bastos e Marcelo Mansfield analisam a entrevista que o casal Nardoni deu para o Fantástico. http://www.rafinhabastos.com.br/.


Este vídeo é para descontrair....

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

AO ENCONTRO DE E DE ENCONTRO A ?

Ao encontro de indica "ser favorável a", "aproximar-se de": Ainda bem que sua posição veio ao encontro da minha. / Quando a viu, foi ao seu encontro e abraçou-a.

De encontro a indica oposição, choque, colisão. Veja: Suas opiniões sempre vieram de encontro às minhas: pertencemos a mundos diferentes. / O caminhão foi de encontro ao muro, derrubando-o.


CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. GRÁMATICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. São Paulo: Scipione, 2003.

A PAR E AO PAR?

A par tem o sentido de "bem-informado", "ciente": Mantenha-me a par de tudo o que acontecer. É importante manter-se a par das decisões parlamentares.

Ao par é uma expressão usada para indicar relação de equivalência ou igualdade entre valores financeiros (geralmente em operações cambiais): As moedas fortes mantêm o câmbio praticamente ao par.

CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. GRÁMATICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. São Paulo: Scipione, 2003.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Estudo da crase

(Manual de Redação do Estadão )

A crase indica a fusão da preposição a com artigo a: João voltou à (a preposição + a artigo) cidade natal. / Os documentos foram apresentados às (a prep. + as art.) autoridades. Dessa forma, não existe crase antes de palavra masculina: Vou a pé. / Andou a cavalo. Existe uma única exceção, explicada mais adiante.

Regras práticas

Primeira- Substitua a palavra antes da qual aparece o a ou as por um termo masculino. Se o a ou as se transformar em ao ou aos, existe crase; do contrário, não. Nos exemplos já citados: João voltou ao país natal. / Os documentos foram apresentados aos juízes. Outros exemplos: Atentas às modificações, as moças... (Atentos aos processos, os moços...) / Junto à parede (junto ao muro).

No caso de nome geográfico ou de lugar, substitua o a ou as por para. Se o certo for para a, use a crase: Foi à França (foi para a França). / Irão à Colômbia (irão para a Colômbia). / Voltou a Curitiba (voltou para Curitiba, sem crase). Pode-se igualmente usar a forma voltar de: se o de se transformar em da, há crase, inexistente se o de não se alterar: Retornou à Argentina (voltou da Argentina). / Foi a Roma (voltou de Roma).

Segunda - A combinação de outras preposições com a (para a, na, da, pela e com a, principalmente) indica se o a ou as deve levar crase. Não é necessário que a frase alternativa tenha o mesmo sentido da original nem que a regência seja correta. Exemplos: Emprestou o livro à amiga (para a amiga). / Chegou à Espanha (da Espanha). / As visitas virão às 6 horas (pelas 6 horas). / Estava às portas da morte (nas portas). / À saída (na saída). / À falta de (na falta de, com a falta de).

Usa-se a crase ainda

- Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo, àqueloutro (e derivados): Cheguei àquele (a + aquele) lugar. / Vou àquelas cidades. / Referiu-se àqueles livros. / Não deu importância àquilo.
- Nas indicações de horas, desde que determinadas: Chegou às 8 horas, às 10 horas, à 1 hora. Zero e meia incluem-se na regra: O aumento entra em vigor à zero hora. / Veio à meia-noite em ponto. A indeterminação afasta a crase: Irá a uma hora qualquer.

- Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas como às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força de, à espera de: Saiu às pressas. / Vive à custa do pai. / Estava à espera do irmão. / Sua tristeza aumentava à medida que os amigos partiam. / Serviu o filé à moda da casa.

- Nas locuções que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a tradição lingüística o exija, como à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à mão, à navalha, à espada, à baioneta calada, à queima-roupa, à fome (matar à fome): Morto à bala, à faca, à navalha. / Escrito à tinta, à mão, à máquina. / Pagamento à vista. / Produto à venda. / Andava à toa. Observação: Neste caso não se pode usar a regra prática de substituir a por ao.

- Antes dos relativos que, qual e quais, quando o a ou as puderem ser substituídos por ao ou aos: Eis a moça à qual você se referiu (equivalente: eis o rapaz ao qual você se referiu). / Fez alusão às pesquisas às quais nos dedicamos (fez alusão aos trabalhos aos quais...). / É uma situação semelhante à que enfrentamos ontem (é um problema semelhante ao que...).

Não se usa a crase antes de :

- Palavra masculina: andar a pé, pagamento a prazo, caminhadas a esmo, cheirar a suor, viajar a cavalo, vestir-se a caráter. Exceção. Existe a crase quando se pode subentender uma palavra feminina, especialmente moda e maneira, ou qualquer outra que determine um nome de empresa ou coisa: Salto à Luís XV (à moda de Luís XV). / Estilo à Machado de Assis (à maneira de). / Referiu-se à Apollo (à nave Apollo). / Dirigiu-se à (fragata) Gustavo Barroso. / Vou à (editora) Melhoramentos. / Fez alusão à (revista) Projeto.

- Nome de cidade: Chegou a Brasília. / Irão a Roma este ano. Exceção. Há crase quando se atribui uma qualidade à cidade: Iremos à Roma dos Césares. / Referiu-se à bela Lisboa, à Brasília das mordomias, à Londres do século 19.

- Verbo: Passou a ver. / Começou a fazer. / Pôs-se a falar.

- Substantivos repetidos: Cara a cara, frente a frente, gota a gota, de ponta a ponta.

- Ela, esta e essa: Pediram a ela que saísse. / Cheguei a esta conclusão. / Dedicou o livro a essa moça.

- Outros pronomes que não admitem artigo, como ninguém, alguém, toda, cada, tudo, você, alguma, qual, etc.

- Formas de tratamento: Escreverei a Vossa Excelência. / Recomendamos a Vossa Senhoria... / Pediram a Vossa Majestade...

- Uma: Foi a uma festa. Exceções. Na locução à uma (ao mesmo tempo) e no caso em que uma designa hora (Sairá à uma hora).

- Palavra feminina tomada em sentido genérico: Não damos ouvidos a reclamações. / Em respeito a morte em família, faltou ao serviço. Repare: Em respeito a falecimento, e não ao falecimento. / Não me refiro a mulheres, mas a meninas.

Alguns casos são fáceis de identificar: se couber o indefinido uma antes da palavra feminina, não existirá crase. Assim: A pena pode ir de (uma) advertência a (uma) multa. / Igreja reage a (uma) ofensa de candidato em Guarulhos. / As reportagens não estão necessariamente ligadas a (uma) agenda. / Fraude leva a (uma) sonegação recorde. / Empresa atribui goteira a (uma) falha no sistema de refrigeração. / Partido se rende a (uma) política de alianças.

Havendo determinação, porém, a crase é indispensável: Morte de bebês leva à punição (ao castigo) de médico. / Superintendente admite ter cedido à pressão (ao desejo) dos superiores.

- Substantivos no plural que fazem parte de locuções de modo: Pegaram-se a dentadas. / Agrediram-se a bofetadas. / Progrediram a duras penas.

- Nomes de mulheres célebres: Ele a comparou a Ana Néri. / Preferia Ingrid Bergman a Greta Garbo.

- Dona e madame: Deu o dinheiro a dona Maria . / Já se acostumou a madame Angélica. Exceção. Há crase se o dona ou o madame estiverem particularizados: Referia-se à Dona Flor dos dois maridos.

- Numerais considerados de forma indeterminada: O número de mortos chegou a dez. / Nasceu a 8 de janeiro. / Fez uma visita a cinco empresas.

Locuções com e sem crase

- Distância, desde que não determinada: A polícia ficou a distância. / O navio estava a distância. Quando se define a distância, existe crase: O navio estava à distância de 500 metros do cais. / A polícia ficou à distância de seis metros dos manifestantes.

- Terra, quando a palavra significa terra firme: O navio estava chegando a terra. / O marinheiro foi a terra. (Não há artigo com outras preposições: Viajou por terrra. / Esteve em terra.) Nos demais significados da palavra, usa-se a crase: Voltou à terra natal. / Os astronautas regressaram à Terra.

- Casa, considerada como o lugar onde se mora: Voltou a casa. / Chegou cedo a casa. (Veio de casa, voltou para casa, sem artigo.) Se a palavra estiver determinada, existe crase: Voltou à casa dos pais. / Iremos à Casa da Moeda. / Fez uma visita à Casa Branca.

Uso facultativo

- Antes do possessivo: Levou a encomenda a sua (ou à sua) tia. / Não fez menção a nossa empresa (ou à nossa empresa). Na maior parte dos casos, a crase dá clareza a este tipo de oração.

- Antes de nomes de mulheres: Declarou-se a Joana (ou à Joana). Em geral, se a pessoa for íntima de quem fala, usa-se a crase; caso contrário, não.

- Com até: Foi até a porta (ou até à). / Até a volta (ou até à). No Estado, porém, escreva até a, sem crase.

Disponível: http://www.portrasdasletras.com.br

sábado, 15 de agosto de 2009

Quando uso onde ou aonde?

Aonde indica ideias de movimento ou aproximação. Opõe-se a donde, que exprime afastamento. Veja nos exemplos que a forma aonde costuma referir-se a verbos de movimento:
Aonde você vai?
Aonde querem chegar com essas atitudes?
Aonde devo dirigir-me para obter esclarecimentos?
Não sei aonde ir?
Onde indica o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Normalmente, refere-se a verbos que exprimem estado ou permanência. Observe:
Onde você está?
Onde você vai ficar nas próximas férias?
Discrimine os locais onde as tropas permanecem estacionadas.
Não sei onde começar a procurar.
O estabelecimento dessa diferença de significado tem sido uma tendência do português moderno. Na língua clássica, ela não existia; ainda hoje, é comum encontrar-se o emprego indiferente de uma ou outra forma. Para satisfazer os padrões da língua culta, procure observar essa diferença.
CIPRO NETO, Pasquale. INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2003. p.531.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Comunicação

Sendo o ser humano social, relaciona-se de modo interdependente com os indivíduos do grupo em que vive. A convivência realiza-se pela comunicação, que pode ser gestual, oral ou escrita. A eficácia determina a escolha da modalidade de qu se utiliza; por vezes, combinam-se duas ou mais formas de comunicação.

Os elementos são:

em que, por algum meio, alguém (emissor) comunica algo (mensagem) a outra pessoa (receptor) e observa as reações desta pessoa (é o retorno) para perceber a eficácia de sua comunicação.

O emissor deve ter habilidades cominicativas para enviar a mensagem ao seu interlocutor, seja na expressão oral (no conteúdo), com idéias claras; na forma, com articulação adequada, ritmo, volume de voz, elocução acompanhada de gesticulação pertinente), seja na expressão escrita (com domínio do assunto, com clareza e correção na organização das idéias e das frases).

O emissor deve levar em conta a capacidade de entendimento de seu receptor e regular o modo de expressar-se. Não se fala, sobre o mesmo asunto, da mesma forma com uma criança e com um adulto; com um ignorante e com um conhecedor do assunto.

Alguém, para ser um bom receptor, deve ter atenção auditiva dirigida para o emissor, concentrando-se em ouvir bem o que lhe é dito. Como leitor, deve ler o texto sem se deixar distrair por aquilo que perturba a atenção e desvia a mente do texto. Se há dificuldades de compreensão, elia sublinhando as palavras que não tenha entendido. Procure o significado no dicionário - não tente se enganar: só com pesquisa em dicionário seu vocabulário se amplia. Faça uma segunda leitura após o esclarecimento da significação dos vocábulos.

É amplo o significado de meio. Podemos entender como ambiente em que se dá a comunicação, bem como a via, o caminho, os canais que ligam o emissor ao receptor na transmissão de mensagem, oral ou escrita: jornais, rádio, cinema, televisão, internet,...

Cada meio de comunicação tem características próprias que o tornam mais eficiente. Procure verificar qual deve ser usado em determinado momento e lugar.

A mensagem deve ser adequada ao conjunto todo dos elementos de comunicação, tanto no conteúdo quanto na forma que se expressa por determinado meio para melhor atingir o receptor.

Ter idéias, entender o assunto de pouco lhe adianta se não souber como comunicar seus conhecimentos. Tanto isto vale na sua vida social quanto na profissional. Você terá mais facilidade de convivência e mais prestígio se souber comunicar bem, falando ou escrevendo.

NADÓLSKIS, Hêndricas. Comunicação Redacional Atualizada. São Paulo: Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas, 1999. p.83.

Mal / Mau

Mal pode ser advérbio, substantivo ou conjunção. Como advérbio, significa "irregularmente", "erradamente", "de forma incoveniente ou desagradável". Opõe-se a bem:

Era previsível que ele se comportaria mal.
Era evidente que ele estava mal-intencionado porque suas opiniões haviam repercutido mal na reunião anterior.
A seleção brasileira jogou mal, mas conseguiu vencer a partida.
Mal, como substantivo, pode significar "doença", "moléstia", em alguns casos, significa "aquilo que é prejudicial ou nocivo":
A febre amarela é um mal de que já nos havíamos livrado e que, devido ao descaso, voltou a atormentar as populações pobres.
O mal é que não se toma nenhuma atitude definitiva.
O substantivo mal também pode designar um conceito moral, ligado à ideia de maldade; nesse sentido, a palavra também se opõe a bem:
Há uma frase de que a visão da realidade nos faz muitas vezes duvidar: "O mal não compensa".
Quando conjunção, mal indica tempo:
Mal você chegou, ele saiu
Mau é adjetivo. Significa "ruim", "da má índole", "de má qualidade". Opõe-se a bom a apresenta a forma feminina má:
Trata-se de um mau administrador.
Tem um coração mau.
CIPRO NETO, Pasquale. INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portugesa. São Paulo: Scipione, 2003. p.530-531.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O que muda com o acordo ortográfico?

As novas regras ortográficas estão valendo desde o dia 1° de janeiro de 2009. De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. Portugal, que também aprovou o acordo ortográfico, adotará as novas regras até 2014.
Lembre-se: mudou a grafia, e não a pronúncia.
Dica: Uma boa forma de memorizar essas regras é fazer a leitura constante de jornais, revistas e livros, que já adotaram as novas normas.

O que mudou?
Alfabeto - ganha três letras

Antes - 23 letras

Depois- 26 letras: entram k, w e y


Trema - desaparece em todas as palavras.

Antes: freqüte, lingüiça, agüentar

Depois: frequente, linguiça, aguentar

* Fica o acento em nomes como Müller.


Acentuação 1 - some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)

Antes: Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia.

Depois: Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia.

* Herói, papéis, troféu mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte).

Acentuação 2 - some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas.

Antes: Baiúca, bocaiúva, feiúra

Depois: Baiuca, bocaiuva, feiura

* Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento contínua como em : tuiuiú ou Piauí

Acentuaçao 3 - some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ôos).

Antes: Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos

Depois: creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos
Acentuação 4 - some o acento diferencial.

Antes: pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa

Depois: para, pela, pelo, polo, pera, coa

* Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo.

Acentuação 5 - some o acento agudo no u forte nos grupos gue, qui, que, qui, de verbos com averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar

Antes: averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você

Depois: averigue, apazigue, ele argui, enxague você

Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas.
Hífen - veja como ficam as principais regras do hífen com prefixos:

1 - Nos prefixos: agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele, ultra.
Usa hífen:
  • quando a pala seguinte começa com h ou com vogal à última do prefixo: auto-hipnose, auto-observação, anti-herói, anti-imperalista, micro-ondas, mini-hotel.

Não usa hífen:

  • em todos os demais casos: autoretrato, autossustentável, autoanálise, autocontrole, antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário, minisaia, minirreforma, ultrassom.

2 - Nos prefixos: hiper, inter, super.

Usa hífen:

  • Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional.

Não usa hífen:

  • Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico.

3 - No prefixo: sub.

Usa hífen:

  • Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: sub-base, sub-reino, sub-humano.

Não usa hífen:

  • Em todos os demais casos: subsecretário, subeditor.

4 - No prefixo: vice.

Usa hífen:

  • Sempre: vice-rei, vice-presidente.

5 - Nos prefixos: pan, circum.

Usa hífen:

  • Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan-americano, circum-hospitalar.

Não usa hífen:

  • Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão.

FONTE: PROF. SÉRGIO NOGUEIRA.

Disponível:

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL936903-5604,00-IMPRIMA+GUIA+DA+REFORMA+ORTOGRAFICA.html

Caso tenha dúvida na escrita de algumas palavras, acesse está importante ferramenta:

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mas ou mais

Mas é uma conjunção adversativa, equivalendo a "porém", "contudo", "entretanto":
Tentou, mas não conseguiu.
O país parece ser viável, mas não consegue sair do subdesevolvimento.
Mais é pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se normalmente a menos:
Ele foi quem mais tentou; ainda assim, não conseguiu.
É um dos países mais miseráveis do Planeta.
CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2003. p. 530.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O uso dos porquês



A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). E uma expressão equivalente a por qual razão, por qual motivo:


Por que você pensa assim?

Preciso saber por que você pensa assim.

Não sei por que você pensa isso.


Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois o monossílabo que passa a ser tônico:


Ainda não terminou? Por quê?

Você tem coragem de perguntar por quê?!


Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo equivalendo a pelo qual (ou alguma de suas flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais). Em outros contextos por que equivale a para que:


Estas são as reivindicações por que estamos lutando

O túnel por que deveríamos passar desabou ontem.

Lutamos por que um dia este país seja melhor.


Já a forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como:


A situação agravou-se porque muita gente se omitiu.

Sei que há algo errado porque ninguém apareceu até agora.

Continuas implicando comigo! É porque discordo de ti?


Porque também pode indicar finalidade, equivalendo a para que, a fim de. Trata-se de um uso pouco frequente na língua atual:


Não julgues porque não te julguem.


A forma porquê representa um substantivo. Significa causa, razão, motivo e normalmente surge acompanhada de palavra determinante ( um artigo, por exemplo). Como é um substantivo, pode ser plural sem qualquer problema:


Não é fácil encontrar o porquê de toda essa confisão.

Creio que os verdadeiros porquês não vieran à luz.




CIPRO NETO, Paschale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2002.