de Carlos Drummond de Andrade
Um sabiá
na palmeira, longe.
Estas aves cantam
um outro canto.
O céu cintila
sobre flores úmidas.
Vozes na mata
e o maior amor.
Só, na noite,
seria feliz:
um sabiá,
na palmeira, longe.
Onde é tudo belo
e fantástico,
só, na noite,
seria feliz.
(Um sabiá,
na palmeira, longe.)
Ainda um grito de vida e
voltar
para onde tudo é belo
e fantástico:
a palmeira, o sabiá,
o longe.
ANDRADE, Carlos D. de. Reunião: 10 livros de poesias. 6 ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1974. p. 94-5.
Sejam bem-vindos ao nosso blog. Naveguem no oceano das palavras, e aspirem a brisa dos seus significados.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Canção do Exílio
de Murilo Mendes
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
MENDES, Murilo. Poesias (1925-1955). Rio de Janeiro, José Olympio, 1959. p.5
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
MENDES, Murilo. Poesias (1925-1955). Rio de Janeiro, José Olympio, 1959. p.5
Canção do Exílio
de Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
O que é um texto?
O que é um texto? Frases, sentidos, ideias, argumentos, paragráfos,....
Um texto nada mais é que uma unidade de sentido, constituída por partes formando um todo.
a) O texto não é um aglomerado de frases. Uma boa leitura nunca pode basear-se em fragmentos isolados do texto, já que o significado das partes sempre é determinado pelo contexto dentro do qual se encaixam.
b) Todo texto contém um pronunciamento dentro de um debate de escala mais ampla. Uma boa leitura nunca pode deixar de apreender o pronunciamento contido por trás do texto, já que sempre se produz um texto para marcar posição frente a uma questão qualquer; cada texto revela a visão de mundo de quem o produz.
Mas como inicio? Qual é o ponto de partida?
Há duas questões fundamentais:
O que escrever? - O primeiro passo é ter uma ideia, informações, dados, enfim, conhecimentos mais específicos.
Como escrever? - Encontrar a melhor forma de expressar as ideias: vocabulário, ortografia, pontuação, concordância e outros requisitos gramaticais.
O que caracteriza o produto final?
O produto final deverá ser um texto caracterizado por:
- Correção: obediência às normas gramaticais.
- Concisão: ato de ser conciso, sintético, objetivo. A interpretação não pode variar de pessoa para pessoa nem depender das circunstâncias em que se utilize o vocabulário.
- Clareza: o texto deve ser exato e objetivo.
- Simplicidade.
- Universalidade: todos devem compreender da mesma maneira o conteúdo semântico dos termos.
Coerência: Um texto coerente é um conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar de modo que não haja nada destoante, ilógico e contraditório.
Coesão textual: É a ligação interna entre os vários enunciados presentes no texto. A coesão de um texto estabelece as relações de sentido que exitem entre eles. Para criar essa relações, fazemos uso por uma certa categoria de palavras, as quais são chamadas de conectivos ou elementos de coesão:
- preposições: a, de, para, com, por, etc.;
- conjunções: que, para que, quando, embora, mas, e, ou, etc.;
- pronomes: ela, ele, seu, sua, este, esta, aquele, o, o qual, cujo, etc.;
- advérbios: aqui, aí, lá, assim, etc.;
O uso correto desses elementos de coesão forma uma unidade ao texto e contribui para a expressão clara das ideias.
A escolha do conectivo adequado é importante, já que é ele que determina a direção que se pretende dar ao texto.
Progressão discursiva: A construção de um texto pressupõe que os segmentos se sucedam numa progressão constante, isto é, que cada segmento que ocorre no percurso deve ir acrescentando informações novas aos enunciados anteriores. Muitas vezes, num texto, repetem-se com outras palavras as mesmas ideias. A redundância viciosa, isto é, aquela que não traz nada de novo, desqualifica o texto, pois revela falta de reflexão e de domínio sobre o que está sendo dito, além de probreza de ideias.
Dizem que finjo ou minto
de Fernando Pessoa
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleito,
Sério do que não é,
Sentir, sinta quem lê!
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleito,
Sério do que não é,
Sentir, sinta quem lê!
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Autopsicografia
de Fernando Pessoa (Ortônimo)
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
A pesca - de Affonso Romano de Sant'Anna
O anil
o anzol
o azul
o silêncio
o tempo
o peixe
a agulha
vertical
mergulha
a água
a linha
a espuma
o tempo
o peixe
o silêncio
a garganta
a âncora
o peixe
a boca
o arranco
o rasgão
aberta a água
aberta a chaga
aberto o anzol
aqulíneo
ágil-claro
estabanado
o peixe
a areia
o sol.
(Affonso Romano de Sant'Anna)
quinta-feira, 16 de julho de 2009
O que muda com o acordo ortográfico?
As novas regras ortográficas estão valendo desde o dia 1° de janeiro de 2009. De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. Portugal, que também aprovou o acordo ortográfico, adotará as novas regras até 2014.
Lembre-se: mudou a grafia, e não a pronúncia.
Dica: Uma boa forma de memorizar essas regras é fazer a leitura constante de jornais, revistas e livros, que já adotaram as novas normas.
O que mudou?
Alfabeto - ganha três letras
Antes - 23 letras
Depois- 26 letras: entram k, w e y
Trema - desaparece em todas as palavras.
Antes: freqüte, lingüiça, agüentar
Depois: frequente, linguiça, aguentar
* Fica o acento em nomes como Müller.
Acentuação 1 - some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)
Antes: Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia.
Depois: Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia.
* Herói, papéis, troféu mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte).
Acentuação 2 - some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas.
Antes: Baiúca, bocaiúva, feiúra
Depois: Baiuca, bocaiuva, feiura
* Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento contínua como em : tuiuiú ou Piauí
Acentuaçao 3 - some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ôos).
Antes: Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos
Depois: creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos
Acentuação 4 - some o acento diferencial.
Antes: pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa
Depois: para, pela, pelo, polo, pera, coa
* Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo.
Acentuação 5 - some o acento agudo no u forte nos grupos gue, qui, que, qui, de verbos com averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar
Antes: averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você
Depois: averigue, apazigue, ele argui, enxague você
Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas.
Hífen - veja como ficam as principais regras do hífen com prefixos:
1 - Nos prefixos: agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele, ultra.
Usa hífen:
- quando a pala seguinte começa com h ou com vogal à última do prefixo: auto-hipnose, auto-observação, anti-herói, anti-imperalista, micro-ondas, mini-hotel.
Não usa hífen:
- em todos os demais casos: autoretrato, autossustentável, autoanálise, autocontrole, antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário, minisaia, minirreforma, ultrassom.
2 - Nos prefixos: hiper, inter, super.
Usa hífen:
- Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional.
Não usa hífen:
- Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico.
3 - No prefixo: sub.
Usa hífen:
- Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: sub-base, sub-reino, sub-humano.
Não usa hífen:
- Em todos os demais casos: subsecretário, subeditor.
4 - No prefixo: vice.
Usa hífen:
- Sempre: vice-rei, vice-presidente.
5 - Nos prefixos: pan, circum.
Usa hífen:
- Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan-americano, circum-hospitalar.
Não usa hífen:
- Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão.
FONTE: PROF. SÉRGIO NOGUEIRA.
Disponível:
Caso tenha dúvida na escrita de algumas palavras, acesse está importante ferramenta:
segunda-feira, 13 de julho de 2009
O Bicho, de Manuel Bandeira
de Manuel Bandeira
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cao,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988)
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cao,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988)
Mas ou mais
Mas é uma conjunção adversativa, equivalendo a "porém", "contudo", "entretanto":
Tentou, mas não conseguiu.
O país parece ser viável, mas não consegue sair do subdesevolvimento.
Mais é pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se normalmente a menos:
Ele foi quem mais tentou; ainda assim, não conseguiu.
É um dos países mais miseráveis do Planeta.
CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2003. p. 530.
domingo, 12 de julho de 2009
Soneto VI, de Camões
de Camões
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficm as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.
sábado, 11 de julho de 2009
Mar Português
de Fernando Pessoa
Ó mar salgado, quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
mas nele é que espelhou o céu.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Ser poeta
de Florbela Espanca
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
do que os homens! Morder como quem beija!
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
e dizê-lo cantando a toda a gente!
O uso dos porquês
A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). E uma expressão equivalente a por qual razão, por qual motivo:
Por que você pensa assim?
Preciso saber por que você pensa assim.
Não sei por que você pensa isso.
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois o monossílabo que passa a ser tônico:
Ainda não terminou? Por quê?
Você tem coragem de perguntar por quê?!
Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo equivalendo a pelo qual (ou alguma de suas flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais). Em outros contextos por que equivale a para que:
Estas são as reivindicações por que estamos lutando
O túnel por que deveríamos passar desabou ontem.
Lutamos por que um dia este país seja melhor.
Já a forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como:
A situação agravou-se porque muita gente se omitiu.
Sei que há algo errado porque ninguém apareceu até agora.
Continuas implicando comigo! É porque discordo de ti?
Porque também pode indicar finalidade, equivalendo a para que, a fim de. Trata-se de um uso pouco frequente na língua atual:
Não julgues porque não te julguem.
A forma porquê representa um substantivo. Significa causa, razão, motivo e normalmente surge acompanhada de palavra determinante ( um artigo, por exemplo). Como é um substantivo, pode ser plural sem qualquer problema:
Não é fácil encontrar o porquê de toda essa confisão.
Creio que os verdadeiros porquês não vieran à luz.
CIPRO NETO, Paschale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2002.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Rios sem discurso
A Gabino Alejandro Carriedo
Quando um rio corta, corta-se de vez
o discurso-rio de água que ele fazia;
cortado, a água se quebra em pedaços,
em poços de água, em água paralítica.
Em situação de poço, a água equivale
a uma palavra em situação dicionária:
e porque assim estanque, estancada;
e mais: porque assim estancada, muda,
e muda porque com nenhuma comunica,
porque cortou-se a sintaxe desse rio,
o fio de água por que ele discorria.
O curso de um rio, seu discurso-rio,
chega raramente a se reatar de vez;
um rio precisa de muito fio de água
para refazer o fio antigo que o fez.
Salvo a grandiloquência de uma cheia
lhe impondo interina outra linguagem,
um rio precisa de muita água em fios
par que todos os poços se enfrasem:
se reatando, de um para outro poço,
em frases curtas, então frase e frase,
até a sentença-rio do discurso único
em que se tem voz a seca ele combate.
MELO NETO, João Cabral de. Poesias Completas. 4.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. p.26.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Que ou quê
Que e Quê
Que é pronome, conjunção, advérbio ou particula expletiva. Por se tratar de monossílabo átono, não é acentuado:(O) Que você pretende?
Você me pergunta (o) que farei.
Que bela atitude!
Que é pronome, conjunção, advérbio ou particula expletiva. Por se tratar de monossílabo átono, não é acentuado:
Você me pergunta (o) que farei.
Que bela atitude!
Quê representa um monossílabo tônico. Isso ocorre quando um pronome se encontra em final de frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação ou exclamação) ou de reticências, ou quando quê é um substantivo (com sentido de "alguma coisa", "certa coisa") ou uma interjeição (indicando surpresa, espanto):
Afinal, você veio aqui fazer o quê?
Você precisa de quê?
Há um quê inexplicável em sua atitude.
Quê! Conseguiu chegar a tempo?!
CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2003. p.529.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Formação Acadêmica
Ana Maria Torrecilha Izidoro do Prado
Formação Acadêmica
- Pós-Graduação em Gestão e Supervisão do Trabalho Pedagógico - FACINTER - Polo Jaú (2010-2011)
- Formada em Licenciatura de Letras (Português/Inglês), nas Faculdades Integradas de Jaú. (2004-2008)
- Técnica em Turismo (Guia Nacional e Regional / Agente de Viagens), pelo SENAC - Jaú. (2001-2002)
Cursos
- Marcas do professor na redação do aluno - Prefeitura Municipal de Bocaina - 30h. (2009-2010)
- Letra e Vida - Programa de Formação de Professores Alfabetizadores. (2008-2009) Curso de atualização - 180h.
- 4° ENIC - Encontro de Iniciação Científica - Faculdades Integradas de Jaú. Apresentação de trabalho: "Proposta para elaboração da análise de duas obras de Erico Veríssimo e das respectivas fases críticas."
- Congresso de Educação Infantil - UNESP - Araraquara - 30 horas.
Atividades Voluntárias
- Projeto Ejarte - Trabalho desenvolvido na EE. Capitão Henrique Montenegro, com alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Este trabalho teve parceria da Usina Santa Cândida, cujo objetivo era porporcionar a interação com a cultura e motiva-los. Esses alunos participaram de um concurso de redação. As premiadas ganharam um passeio cultural na cidade de São Paulo. (2008)
- Projeto Interação - Trabalho desenvolvido na EE. Capitão Henrique Montenegro, com parceria da Usina Santa Cândida. Os alunos participaram de uma competição, que envolve: saúde, esporte e cultura. As duas equipes vencedoras ganharam um passeio cultural na cidade de São Paulo. (2007)
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Karina Alexandre
Formação Acadêmica
- Formada em Licenciatra de Letras (Português e Inglês), nas Faculdades Integradas de Jaú. (2005-2008)
Cursos
- 4° ENIC - Encontro de Iniciação Científica - Faculdades Integradas de Jaú. Apresentação de trabalho: "Proposta para a elaboração da análise de duas obras de Érico Veríssimo e das respectivas fases críticas.
Atividades Voluntárias.
- Projeto Ejarte - Trabalho desenvolvido na E.E. Capitão Henrique Montengro, com alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Este trabalho teve parceria da Usina Santa Cândida, cujo objetivo era proporcionar a interação com a cultura e motiva-los. Esses alunos participaram de um concurso de redação. As premiadas ganharam um passeio cultural na cidade de São Paulo. (2008)
- Projeto Interação - Trabalho desenvolvido na E.E. Capitão Henrique Montenegro, com parceria da Usina Santa Cândida. Os alunos participaram de uma competição, que envolve: saúde, esporte e cultura. As duas equipes vencedoras ganharam um passeio cultural na cidade de São Paulo. (2007)
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