Frase do dia

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mas ou mais

Mas é uma conjunção adversativa, equivalendo a "porém", "contudo", "entretanto":
Tentou, mas não conseguiu.
O país parece ser viável, mas não consegue sair do subdesevolvimento.
Mais é pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se normalmente a menos:
Ele foi quem mais tentou; ainda assim, não conseguiu.
É um dos países mais miseráveis do Planeta.
CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2003. p. 530.

domingo, 12 de julho de 2009

Soneto VI, de Camões


de Camões

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.


Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficm as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.


O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.


E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.

sábado, 11 de julho de 2009

Mar Português

de Fernando Pessoa



Ó mar salgado, quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
se a alma não é pequena.

Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
mas nele é que espelhou o céu.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Ser poeta


de Florbela Espanca


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!



É ter mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!



É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!



E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
e dizê-lo cantando a toda a gente!




O uso dos porquês



A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). E uma expressão equivalente a por qual razão, por qual motivo:


Por que você pensa assim?

Preciso saber por que você pensa assim.

Não sei por que você pensa isso.


Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois o monossílabo que passa a ser tônico:


Ainda não terminou? Por quê?

Você tem coragem de perguntar por quê?!


Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo equivalendo a pelo qual (ou alguma de suas flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais). Em outros contextos por que equivale a para que:


Estas são as reivindicações por que estamos lutando

O túnel por que deveríamos passar desabou ontem.

Lutamos por que um dia este país seja melhor.


Já a forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como:


A situação agravou-se porque muita gente se omitiu.

Sei que há algo errado porque ninguém apareceu até agora.

Continuas implicando comigo! É porque discordo de ti?


Porque também pode indicar finalidade, equivalendo a para que, a fim de. Trata-se de um uso pouco frequente na língua atual:


Não julgues porque não te julguem.


A forma porquê representa um substantivo. Significa causa, razão, motivo e normalmente surge acompanhada de palavra determinante ( um artigo, por exemplo). Como é um substantivo, pode ser plural sem qualquer problema:


Não é fácil encontrar o porquê de toda essa confisão.

Creio que os verdadeiros porquês não vieran à luz.




CIPRO NETO, Paschale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2002.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Rios sem discurso


A Gabino Alejandro Carriedo


Quando um rio corta, corta-se de vez

o discurso-rio de água que ele fazia;

cortado, a água se quebra em pedaços,

em poços de água, em água paralítica.

Em situação de poço, a água equivale

a uma palavra em situação dicionária:

e porque assim estanque, estancada;

e mais: porque assim estancada, muda,

e muda porque com nenhuma comunica,

porque cortou-se a sintaxe desse rio,

o fio de água por que ele discorria.


O curso de um rio, seu discurso-rio,

chega raramente a se reatar de vez;

um rio precisa de muito fio de água

para refazer o fio antigo que o fez.

Salvo a grandiloquência de uma cheia

lhe impondo interina outra linguagem,

um rio precisa de muita água em fios

par que todos os poços se enfrasem:

se reatando, de um para outro poço,

em frases curtas, então frase e frase,

até a sentença-rio do discurso único

em que se tem voz a seca ele combate.



MELO NETO, João Cabral de. Poesias Completas. 4.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. p.26.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Que ou quê

Que e Quê

Que é pronome, conjunção, advérbio ou particula expletiva. Por se tratar de monossílabo átono, não é acentuado:
(O) Que você pretende?
Você me pergunta (o) que farei.
Que bela atitude!
Quê representa um monossílabo tônico. Isso ocorre quando um pronome se encontra em final de frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação ou exclamação) ou de reticências, ou quando quê é um substantivo (com sentido de "alguma coisa", "certa coisa") ou uma interjeição (indicando surpresa, espanto):
Afinal, você veio aqui fazer o quê?
Você precisa de quê?
Há um quê inexplicável em sua atitude.
Quê! Conseguiu chegar a tempo?!
CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 2003. p.529.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Formação Acadêmica

Ana Maria Torrecilha Izidoro do Prado
Formação Acadêmica
  •  Pós-Graduação em Gestão e Supervisão do Trabalho Pedagógico - FACINTER - Polo Jaú (2010-2011)
  • Formada em Licenciatura de Letras (Português/Inglês), nas Faculdades Integradas de Jaú. (2004-2008)
  • Técnica em Turismo (Guia Nacional e Regional / Agente de Viagens), pelo SENAC - Jaú. (2001-2002)

Cursos
  •  Marcas do professor na redação do aluno - Prefeitura Municipal de Bocaina - 30h. (2009-2010)
  • Letra e Vida - Programa de Formação de Professores Alfabetizadores. (2008-2009) Curso de atualização - 180h.
  • 4° ENIC - Encontro de Iniciação Científica - Faculdades Integradas de Jaú. Apresentação de trabalho: "Proposta para elaboração da análise de duas obras de Erico Veríssimo e das respectivas fases críticas."
  • Congresso de Educação Infantil - UNESP - Araraquara - 30 horas.

 
Atividades Voluntárias
  • Projeto Ejarte - Trabalho desenvolvido na EE. Capitão Henrique Montenegro, com alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Este trabalho teve parceria da Usina Santa Cândida, cujo objetivo era porporcionar a interação com a cultura e motiva-los. Esses alunos participaram de um concurso de redação. As premiadas ganharam um passeio cultural na cidade de São Paulo. (2008)
  • Projeto Interação - Trabalho desenvolvido na EE. Capitão Henrique Montenegro, com parceria da Usina Santa Cândida. Os alunos participaram de uma competição, que envolve: saúde, esporte e cultura. As duas equipes vencedoras ganharam um passeio cultural na cidade de São Paulo. (2007)
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Karina Alexandre
Formação Acadêmica
  • Formada em Licenciatra de Letras (Português e Inglês), nas Faculdades Integradas de Jaú. (2005-2008)
Cursos
  • 4° ENIC - Encontro de Iniciação Científica - Faculdades Integradas de Jaú. Apresentação de trabalho: "Proposta para a elaboração da análise de duas obras de Érico Veríssimo e das respectivas fases críticas.
Atividades Voluntárias.
  • Projeto Ejarte - Trabalho desenvolvido na E.E. Capitão Henrique Montengro, com alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Este trabalho teve parceria da Usina Santa Cândida, cujo objetivo era proporcionar a interação com a cultura e motiva-los. Esses alunos participaram de um concurso de redação. As premiadas ganharam um passeio cultural na cidade de São Paulo. (2008)
  • Projeto Interação - Trabalho desenvolvido na E.E. Capitão Henrique Montenegro, com parceria da Usina Santa Cândida. Os alunos participaram de uma competição, que envolve: saúde, esporte e cultura. As duas equipes vencedoras ganharam um passeio cultural na cidade de São Paulo. (2007)